
se saudade é a confirmação deque um passado valeu realmente a pena, porque será que eu sinto que é o último suspiro da minha paixão? quando a indiferença tomou conta das batidas irregulares de meu peito eu tive quase uma certeza de que vs estava fora desse jogo que minha mente doentia produz. ai o amor, o ridículo da vida. eu sei que o tempo vai passar e com ele vai passar a dor, porque tudo passa até o amor. certo? eu não sei, talvez nada passe, talvez a vida não passe, talvez eu viva de deja vu, talvez eu viva em um talvez. me diga aonde vs está, aonde nosso sentimento foi se perder? eu tenho vasculhado meu passado,mas acho que um bloqueio da memória seletiva apagou vs de mim. eu tentei por muitas vezes esboçar um eu te amo, agora entendo porque me cortava apenas pensar em dizer o pronome pessoal do caso reto. a saudade, essa dorzinha que pode até ajudar de vez em quando me diz coisas que eu não queria ouvir, são gritos no meu silêncioso mundinho particular que está fechado para visitação e sem abertura prevista. eu estou em obras, constantes e relutantes, dentro de meu peito. a obra mais recente foi tapar os buracos da rua chamada amor, que está quase todos os meses destruída. espero que agora que quem põe um fim nisso tudo é a minha saudade, a minha falta de carinho, minha indiferença e a falta da minha voz, seu peito tenha reserva de verbas suficientes pra reparar os estragos que eu fiz. me perguntam porque hurricane,porque logo essa palavra, porque furacão. a resposta é bem simples meu caro, eu sou devassa e destruo qualquer lugar por onde eu passo, eu sou um desastre natural, me desculpe, ninguém vai um dia mudar isso.
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