sábado, 28 de agosto de 2010

cheater


mas é óbvio que você partiu meu coração quando me contou que passou a noite ao lado dela, você ligou, eu atendi. você deveria amar o que tem, e não ouse dizer que eu não te conheço. porque você é o tipo de cara que liga a noite toda, e que manda mensagens pela manhã. e eu sei que você se sente mal, que está triste, mas não fique assim só porque mesmo depois de algumas mensagens e todos os telefonemas, você dormiu com ela. e agora eu não posso me irritar, eu sei que tudo isso é culpa minha, você ligou, eu atendi. você nunca amou o que teve, então antes de partir, devolva-me, devolva-me a mim, a quem pertenço e tudo que sou. e não ouse difamar e dizer que não te conheço, porque eu sei seus passos, seus erros, cada fio de cabelo. e não mais chegue tão perto, chuva, vá embora, leve contigo as tardes nebulosas. você já não merece que eu me tranque com meus lençóis, porque eu sei que mesmo depois de muitas mensagens, e telefonemas verdadeiros de minha parte, você dormiu com ela.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

truth


deixe-me usar essas verdades, para te livrar dessas armas, dessa armadura, enquanto chamam o seu nome, e você ousa em responder, mesmo sabendo que ainda está se machucando seguindo todas essas desculpas, escondendo as mesmas ofensas a tudo que você é, tudo que você foi, ao meu lado, do jeito que me fez apaixonar. mas você ainda se apaixona por uma noite, e se perde dentro de outras almas, e esquece de onde veio, que veio do meu amor, que veio tão de mim, uma parte do que seria minha vida, continuação. e te fazem de tolo,e nada pode justificar. mas eu estarei aqui para cantar a mesma canção para você dormir, e deixar que molhe meu casaco enquanto conta de outra pessoa fria que foi capaz de partir você ao meio outra vez. porque eu nasci para isso, para te amar em segredo e cuidar. para te ter em meus braços mesmo que seja para consolar, porque eu nasci para isso, para me devotar a você. então deixe-me esconder minhas verdades, só para te ter por perto uma outra vez.

domingo, 22 de agosto de 2010

search


já não tenho tempo nem para respirar, quanto mais para me importar, me afundo em meus livros nesse frio quase bom, tentando ocupar a minha mente com qualquer coisa que não seja o que eu realmente procuro ou me preocupo, pois lá no fundo eu não posso evitar o fato de que não é fácil ter que me constranger sabendo que nada do que eu faça chegará ao patamar que eu precisaria para atingir o que até agora me parece completamente inatingível. enquanto a realidade me mostra um coração ferido por metro quadrado, eu decoro uma nova canção que me lembre você, para toda noite me torturar e ouvir mil vezes o mesmos versos de navalha. e eu perdoo minha falha, mesmo sabendo que é ruim, eu quero tudo, eu sempre quero tudo que eu não posso ter, e me perco em outras vidas, me descobrindo durante madrugadas, simplesmente pelo fato de viver a mesma falha tantas e tantas vezes. acho que vou voltar para mais um livro, devorá-lo e ocupar-me sem pensar nos meu sentidos,pensar no que eu não quero procurar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

not real


eu abro meus livros para estranhos, como algum texto ignorado, eu tenho vergonha de ser real. o tempo é só um estado de espírito, e como não sei onde meu espírito tem estado, eu deixo estar. te procuro nos meus favoritos, tudo desapareceu, o que me resta é a faixa 2, do artista desconhecido, relatando em versos o que restou de mim, o que nunca houve entre nós. o telefone toca e ninguém vai responder, por mais que eu atenda não me resta voz. o amor é óbvio e a dor é clichê. e para me esquecer de todas as tentativas prefiro me limitar a canecas cheias de café, escrevendo um novo conto para qualquer estranho ler, que não seja você. para tentar viver de forma normal na minha vida maravilha mutante, prefiro não te tratar como um estranho, não mais como meu artista desconhecido, e sim da maneira irreal que merecemos, que nos fadamos a estar. você nunca existiu.

domingo, 8 de agosto de 2010

drunk


se você se apaixonar tome cuidado, tome uma boa dose do remédio orgulho, e tenha aquela receita para a coragem. a ilusão é o álcool presente no drink que mais ludibria as pessoas, o amor é aquilo que te faz se arrepender na manhã seguinte, a ressaca moral, mas você nunca se importa com isso. amor é o corte em carne fria e a cruz que se carrega com um sorriso no rosto, amar é a condição maior do servir, do seguir ,to sentir. amado é aquele no qual você pensa durante as músicas triste e para quem escreve quando se sente só. amado é aquele que você imagina batendo a sua porta mesmo sabendo que a pessoa nunca nem ligará. algumas vezes eu quero somente ficar tranquila sem pesar que o mundo está prestes a me atingir na cabeça com o peso de uma rocha, e que você me abrace enquanto eu admito que te amo. mas então eu me lembro de que eu preciso em manter lúcida, preciso saber que você jamais estará por perto, nem por um segundo. amor é o que vai derrubar a sua parede para te mostrar o mundo, e é a pedra mais pesada para se carregar. amor é algo raríssimo que só se sente uma vez, e que nem sempre se tem a sorte de ser correspondido. amor é você, tão distante de mim e que me faz sofrer só pelo fato de eu saber que nunca serei quem você pensa antes de cair em mais um chochilo até a hora do trabalho. amor é a cicatriz mais presente que brilha na pele e a cicatriz é o que lembra tudo que a alma tentou esquecer.

sábado, 7 de agosto de 2010

theater


não sei o que mudou. mas de repente uma cortina se abriu, como se minha peça teatral entrasse em um segundo ato, onde eu seria a mocinha da história, tão menos lado b, não culta, não apenas uma outra personagem, eu teria uma fala de peso, e teria alguém para me dar a mão antes que a cortina se fechasse. mas então você entrou em cena. tão perto, quase meu. foi como se minha alma te visse e me levasse para sua direção, como se eu quase pudesse falar '' nossa, aí está você. eu estive procurando por ti, tanto e tanto tempo, e agora você chegou, venha, sente-se ao meu lado'' . uma vez meu amigo Charles disse algo copiado por muitos, sobre a vida ser uma peça teatral, sem ensaios, e quando se fecha a cortina, nunca mais poderemos voltar a encenar. então vamos brilhar agora, e ter os diálogos de amor mais fortes, ter a nossa trilha sonora e desfrutar desses holofotes, eu nunca me senti assim, esse palco da vida me faz bem, e você sendo meu par, me faz sentido. por muito tempo precisei de você sem saber, por muito tempo declamei para alguém que nem ao menos conhecia, mas agora tenho essa certeza que ao fechar de minhas cortinas, é de você que quero lembrar mais, e que como sua mão estava quente ao tocar a minha no momento em que minha alma te viu. sim, eu te procurei por todo esse tempo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

jar of hearts


não darei um só passo na sua direção, todo esse tempo esperando, me fechando, puro arrependimento agora. não sabia que não sou mais seu fantasma? eu simplesmente deixei esse amor se perder. quem você pensa que é? correndo, agora em círculos, deixando suas cicatrizes. coletando sua jarra de corações e destruindo pequenas ilusões. você vai ficar doente com tanto frio dentro da alma. eu não quero que volte para mim, já sei ver muito bem quem você é. agora me mandam recados de alguém desesperado me procurando em algum lugar. mas eu cresci toda vez que caí, parece clichê, mas eu nunca mais cairei no seu conto. aprendi a viver assim, pela metade, estou me reconstruindo, e não pretendo te ter de novo. demorei tanto tempo para me sentir bem, para colocar um pouco de brilho nos olhos. e as músicas que um dia te dediquei voltam a tocar como minha trilha sonora sem seu nome sussurrado por entre elas, agora em minha mente um novo nome paira, e eu me sinto tão bem podendo confiar. queria ter pulado o dia em que nos beijamos pela primeira vez, ouve um choque, um estrépito, e tudo mudou, você quebrou suas promessas, e eu tão apaixonada, fui quebrada pouco a pouco. e agora, você ainda sabe quem é? ou se perdeu procurando pessoas para machucar? ainda tem o seu mural de derrota, ou somente a jarra de corações? soube que andou doente, por não suportar o nojo que tinha de si mesmo. eu demorei para ver quem você era, agora não quero mais nada. aliás, quero, que você nunca volte para mim.

overdose


como se conta o tempo? segundos, meses, planos, sonhos, escolhas, eu não quero mais algo racional, conte em amor. eu parei no tempo antes disso, eu tentei por outros meios algo tão inebriante e encantador, nenhuma fórmula ou substância me traria o que faz o coração acelerar, isso não é adrenalina, não sozinha, isso não é só voar. eu quero uma overdose, injete amor, beba amor, viva amor. esse sentimento é barulho, confusão, vergonha alheia e memórias lindas. é ser tolo, escrever no fim do caderno o mesmo nome dezenas de vezes,é fazer alguém feliz, é você. as pessoas não sorriem umas para as outras, ninguém me diz bom dia, mas eu sinceramente não ligo, não enquanto eu quiser que essa canção toque no rádio cansado, que o som saia em ruídos, mas que eu possa cantar. e que saiba conviver com a distância que me aperta o peito, e que me faz cansada de esperar, mas que no fundo gosto quando a noite vem, tenho com o que criar meus contos, minhas fábulas, com o que me contentar. quem sabe um dia se realize, que meu coração volte para perto, que eu volte para casa. e que todos os dias eu acorde e encontre os mesmos olhos de mar em ressaca, os mesmos sorrisos envergonhados, quero o mesmo cheiro, quero o mesmo sonho. não contarei o nosso tempo da forma que dizem ser correta, me deixe medir nossa vida em amor.

domingo, 1 de agosto de 2010

all that she wants ...


nós garotas não queremos nada demais, queremos somente alguém absolutamente incrível disponível. alguém que nos acorde no meio da noite só para saber com o que estávamos sonhando, e quando estivermos prestes a cair, alguém nos diga para ter cuidado. queremos aquela pequena coisa estranha, que é sentida por gente esquisita, nós queremos amar. queremos o êxtase de sair escondido a noite, ou falar baixo ao telefone, de pelo menos fazer algo proibido, nem que seja gostar de alguém em segredo. queremos bilhetes surpresa na mochila, e troca de olhares durante a aula de física. nos queremos essa pequena coisa louca chamada amor. porque simplesmente somos garotas e gostamos de suspirar por amores platônicos, gostamos de trocar confidências sobre a noite passada, gostamos de esperar a ligação do dia seguinte, gostamos da conquista, gostamos do início e até mesmo do fim. porque garotas simplesmente querem se apaixonar.