
eu abro meus livros para estranhos, como algum texto ignorado, eu tenho vergonha de ser real. o tempo é só um estado de espírito, e como não sei onde meu espírito tem estado, eu deixo estar. te procuro nos meus favoritos, tudo desapareceu, o que me resta é a faixa 2, do artista desconhecido, relatando em versos o que restou de mim, o que nunca houve entre nós. o telefone toca e ninguém vai responder, por mais que eu atenda não me resta voz. o amor é óbvio e a dor é clichê. e para me esquecer de todas as tentativas prefiro me limitar a canecas cheias de café, escrevendo um novo conto para qualquer estranho ler, que não seja você. para tentar viver de forma normal na minha vida maravilha mutante, prefiro não te tratar como um estranho, não mais como meu artista desconhecido, e sim da maneira irreal que merecemos, que nos fadamos a estar. você nunca existiu.
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